segunda-feira, 23 de julho de 2012

O abuso infantil


O mais incrível é que a criança ou o adolescente não
consegue falar sobre o abuso e seu abusador e, assim, guarda
o problema sob sete chaves, sendo que no coração o maior
desejo é conseguir se libertar das lembranças, da dor, do ódio
e de tudo o mais que vai sendo gerado em sua alma. 



O abuso infantil é qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isso pode significar, além da penetração vaginal ou anal da criança, o toque em seus genitais, fazer com que a criança toque os genitais do abusador, ou o contato oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto ou da criança. Às vezes, ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como, por exemplo, mostrar os genitais a uma criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos ou utilizá-la para elaborar material pornográfico ou obsceno.
Como identificar uma criança ou adolescente que sofreu abuso sexual? A presença de sinais e sintomas, se muito intensos e combinados, devem-nos alertar para a possibilidade de abuso sexual:
- Mudança súbita de comportamento na escola, incapacidade  de concentração e diminuição do rendimento escolar.
- Mudança na personalidade e necessidade de ser estimulada.
- Falta de confiança num familiar adulto, medo de ficar sozinha  ou com determinado adulto.
- Isolamentos de amigos, familiares ou das atividades cotidianas.
- Medo de algumas pessoas ou lugares.
- Excesso de limpeza ou total despreocupação com a higiene.
- Incontinência para a urina ou fezes, alteração dos hábitos intestinais.
- Pesadelos ou perturbações no sono.
- Interesse especial e precoce por sexo.
- Retorno à infância, inclusive a comportamentos típicos de bebês.
- Depressão, ansiedade, afastamento, tristeza, indiferença.
- Automutilação.
- Tentativa de suicídio.
- Fuga.
- Problemas com álcool e drogas.
- Problemas de disciplina ou delinquência.
- Atividade sexual precoce (simulações, vocabulário, masturbação, desenho).
- Gravidez precoce.
- Problemas médicos como infecções urinárias, leucorreias, rectorragias, dor pélvica ou hemorragia vaginal inexplicáveis e recorrentes.
-Dores, inchaços, fissuras ou irritações na boca, vagina e ânus.
O mais incrível é que a criança/ o adolescente não consegue falar sobre o abuso e seu abusador e, assim, guarda o problema sob sete chaves, sendo que no coração o maior desejo é conseguir se libertar das lembranças, da dor, do ódio e de tudo o mais que vai sendo gerado em sua alma.
São inúmeros os fatores que levam uma criança a ocultar o abuso a que foi sujeita. Entre eles, medo de represálias por parte do agressor, sentimentos de vergonha, culpa, insegurança ou proteção (irmãos mais novos), medo de interrogatórios e da devassa da sua intimidade ou da família, exposição pública e estigma social, dentre outros.
Esse silêncio, contudo, permite que o abuso se perpetue, convertendo-se no pior inimigo do menor e no maior aliado do agressor, levando a criança a experimentar um sentimento de culpabilidade que a impede de confiar, de amar e de estabelecer uma relação saudável no futuro.
De forma alguma podemos aceitar o contato sexual com uma criança como sendo normal. Ela é totalmente dependente dos adultos para sobreviver, ter afeto, atenção e tem o direito ao respeito puro e natural. Nenhuma criança deseja o toque íntimo, mas se submete, por exemplo, por medo de magoar os sentimentos do ente querido, e geralmente confia nos adultos, mesmo quando eles não são dignos de confiança, porque não tem outra escolha. Quando a confiança é traída, aprende que não pode confiar no mundo.
Muitas vezes, tudo que nos ensinam está condicionado a sexo. Respiramos sexo em nossa sociedade, através dos canais de TV, filmes, novelas e tantos outros meios aos quais permitimos que nossos filhos tenham acesso. A criança, sendo traída, abusada, perde a identidade. Consequentemente, passa a acreditar que não é digna de atenção e carinho gratuito e paga com sexo, com toque e com permissão para ser tocada. E, mais uma vez, perde a identidade, num círculo vicioso.
Em 2006, o secretário-geral das Nações Unidas transmitiu à Assembleia Geral da ONU um relatório mundial sobre a violência contra crianças, preparado por um especialista. De acordo com o relatório, estima-se que, num ano recente, 150 milhões de meninas e 73 milhões de meninos abaixo de 18 anos foram "forçados a manter relações sexuais ou sofreram outras formas de violência sexual". Esses números são surpreendentes, mas o relatório declara: "Sem dúvida, esse cálculo é subestimado." Uma análise de pesquisas feitas em 21 países indicou que, em certos lugares, até 36% das mulheres e 29% dos homens haviam sido abusados na infância e que, em sua maioria, os que cometeram abuso eram parentes das crianças.
O abusador costuma ser esperto demais para usar a força contra suas vítimas. Em vez disso, prefere seduzir a criança aos poucos. Ele começa escolhendo um alvo, na maioria das vezes uma criança que pareça vulnerável e ingênua, relativamente fácil de controlar. Em seguida, passa a dar atenção especial à criança. Pode ser que tente conquistar a confiança dos pais dela. Em geral, os molestadores são peritos em fingir que têm interesse sincero na criança e na família e, com o tempo, começam a preparar a criança para o abuso.
Pouco a pouco, aumentam o contato físico com ela por meio de "inocentes" demonstrações de afeto, brincadeiras para afastá-la dos amigos, irmãos e pais, com o objetivo de ficar a sós com ela. Em algum momento, pode ser que peçam para esconder dos pais pequenos segredos como um presente ou planos para um futuro passeio. Essas táticas preparam o caminho para a sedução.
Quando conquista a criança e seus pais, o abusador já está pronto para agir. Novamente, é provável que seja sutil, não usando violência ou força. Talvez explore a curiosidade natural da criança sobre sexo, dizendo que será um "professor", ou talvez diga que vão fazer uma "brincadeira especial" que só os dois podem saber. Pode ser que coloque a criança em contato com pornografia com o objetivo de fazer esse comportamento parecer normal. Então, se conseguir abusar dela, sua maior preocupação será garantir que não conte a ninguém o que aconteceu. Para isso, entre outras coisas, poderá fazer ameaças, chantagens, colocar a culpa na criança e até usar uma combinação dessas táticas, com frases do tipo:
"A culpa é sua. Você não disse que eu devia parar."
"Se contar aos seus pais, eles vão chamar a polícia e eu vou ficar na cadeia para sempre."
"Esse é o nosso segredo. Se você contar, ninguém vai acreditar. Se seus pais ficarem sabendo, eu vou machucá-los."
Lamentavelmente, a lista das táticas enganosas e maliciosas que podem ser usadas não tem fim.
O que devemos fazer como pais é permitir que nossos filhos confiem em nós.
Abrir para eles as portas da confiança, criar círculo de amizade e dialogo ficar atento a qualquer mudança de comportamento a qualquer sinal que eles possam querer nos passar, faça de seu filho o seu melhor amigo. Essa é uma das formas de guardar o seu filho.

Você será impactado!

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Cresce o Número de Casos de Abuso Sexual Infantil em Itajaí


http://www.youtube.com/watch?v=wij2CX7lGJs

Quebrando Silêncio

Quantas vezes somos prisioneiros, não de um sistema ou de um regimento, somos prisioneiros de lembranças que doem, prisioneiros do silêncio…
Um grupo de pessoas resolveu ser livre e quebrar o silêncio que os mantinham cativas, atráves deste livro estão gritando para sociedade que resolveram ser livres de suas lembranças e suas dores, começando assim o processo de cura.
Este livro conta a história de pessoas que tiveram a sua inocência roubada, foram abusadas em sua infância e mantiveram em silêncio por todos estes anos, permitindo assim que o abuso se perpetue.
Mas venha conosco e quebre aqui também seu silêncio, quero ouvir sua história.